domingo, 5 de fevereiro de 2023

Seu Corpo, Suas Regras

 

Esse texto promete ser um texto difícil de ser lido para muita gente.  Mas como disse antes, o intuito desse site é promover o questionamento de velhos paradigmas, de programações obsoletas que não servirão mais à Nova Era que está nascendo.  Portanto, as "dores do crescimento" são inevitáveis, e esse texto promete ser aquele "Tapa na cara" necessário, daqueles que nos acordam na hora certa.

 


Fala-se muito em "Controle de natalidade", mas a verdade é que a sociedade como um todo nunca soube realmente qual seria a melhor forma de promover esse controle de natalidade de forma realmente eficaz e que respeitasse a natureza humana como ela é, até porque houveram outras razões envolvidas para que essa dita "natureza humana" fosse desrespeitada.

 

Tudo começa com o fato de que sempre cedemos nosso poder pessoal, nossa soberania individual a uma sociedade que sempre pretendeu ser dona absoluta da verdade.  Portanto, no geral não tínhamos muita escolha a não ser ceder às regras impostas, seja pela igreja, pela sociedade como um todo, seja por nossos pais, nossos avós, pelas leis como um todo.  Tudo foi organizado para nos castrar e nos manter dóceis e obedientes.

 

E claro, como seres interessados em fazer o bem e obter o apreço e o respeito daqueles à nossa volta, em especial nossos pais, sempre fizemos de tudo para agradá-los e fazer sempre aquilo que era considerado certo pela sociedade.

 

E sempre acabamos aceitando tudo sem questionar nada, acreditando que estávamos de fato fazendo o que era certo ao seguir as regras impostas por todos, regras que se perpetuavam de várias gerações: de tataravós, para bisavós, para avós, para pais, para filhos, para netos, etc.

 

Mas, ao longo do tempo era natural que essas regras começassem a ser questionadas, e no que diz respeito a sexo, à partir da década de 60 isso tudo começou a mudar.  A revolução sexual trouxe muito questionamento a várias regras estabelecidas, e as pessoas começaram a ter mais consciência de sua própria sexualidade e seu próprio corpo.  Foi uma época de grandes descobertas, principalmente no que diz respeito à área do prazer sexual.

 

Isso certamente gerou sérios conflitos, confronto de gerações, mas ao menos o ciclo vicioso estava sendo rompido, velhas regras estavam sendo questionadas e isso era algo muito necessário de ser feito.

 

Mas nessa história toda uma nova forma de controle estava nascendo, que foi a indústria da pornografia.  Muito embora muitos questionassem os hábitos sexuais tradicionais, falar sobre sexo ainda permanecia um enorme tabu nos círculos de convívio familiares, portanto as informações eram trocadas de forma incompleta, ou simplesmente não chegavam.  Muitos pais permaneciam sem saber como abordar o assunto com seus filhos, alguns ainda muito aferrados aos costumes tradicionalistas, outros com uma visão mais ampla mas ainda distorcidas por uma cultura que privilegiava os excessos, e isso também não ajudava.

 

O que aconteceu foi que as gerações seguintes, ou seguiam as tendências de gerações anteriores de uma repressão sexual muito grande, ou se entregavam a excessos que mais promoviam auto-destruição do que auto-descoberta sincera, e isso tudo graças a uma cultura pornográfica cada vez mais ampla e que ditava as regras de como se relacionar sexualmente, e no caso de relacionamentos sexuais entre homem e mulher, tudo se concentrava em penetração em posições diferentes. 

 

Mas uma coisa era consenso entre esses seguidores fiéis da pornografia disseminada: se não houvesse penetração do órgão sexual masculino dentro do órgão sexual feminino, ou mesmo em qualquer outro "buraco" disponível, não havia sexo!  Muitos convencionaram de chamar todo o resto do que acontece durante uma relação sexual de "Preliminares".  Tenho pena das lésbicas que nessa história perderam o direito a se relacionarem sexualmente, já que não poderiam empreender a dita penetração vaginal, pois não tinham um pênis para isso.  Sempre precisaram fazer uso de consolos de borracha para poderem penetrar a vagina.  Será que só aí poderia ser considerado uma relação sexual?!

 

O fato é que, uma vez que o assunto permanecia sendo tabu na grande maioria dos círculos familiares, o que era apresentado pelos canais pornográficos, que permaneciam sendo a única fonte de informação de como se relacionar sexualmente, vinha de forma totalmente distorcida ou exagerada.

 

Se relacionar sexualmente foi se tornando algo muito complicado, e de muito risco, seja de gravidez indesejada ou mesmo de doenças venéreas.

 

E a masturbação?  Bom, é aqui que a coisa começa a se complicar...

 

Masturbação, ou o ato sexual solitário que muitos empreendem à partir da adolescência, quando os hormônios sexuais encontram-se em plena ebulição, era algo permitido mas dentro de certos limites.

 

"Como assim?!  Qual o problema de se relacionar sexualmente consigo mesmo?"  Isso foi algo que sempre me perguntei por anos à fio!

 

O Budismo, ou as correntes mais tradicionalistas do Tantra antigo, vão considerar isso um "desperdício de energia", já que essa energia não está sendo entregue a outra pessoa.  A sociedade como um todo encarava a questão como um problema, um desvio mental, algo que poderia levar possivelmente à loucura.  Alguns chegavam ao extremo de acreditar que poderia fazer nascer pêlos nas mãos. 

 

Ninguém poderia simplesmente aceitar que aquilo era pura e simplesmente um ato de auto-descoberta, e que na verdade nos conduzia a simplesmente orgasmos deliciosos.

 

A sociedade, com o apoio da igreja, das leis, do capitalismo e das correntes tradicionais familiares simplesmente cobravam que todos se casassem e usassem esses ímpetos sexuais apenas para procriação, e isso tudo só gerou muito caos.  Ninguém poderia deixar de sentir tesão, e já que não poderiam pura e simplesmente dar vazão através do prazer solitário, foram em busca de parceiros para se satisfazerem sexualmente.  Em tempos de revolução sexual, isso deu origem ao sexo casual, a meninas engravidando na flor da idade, a explosão demográfica, a disseminação de doenças venéreas diversas, e por aí vai!

 

Tudo por conta de todo um ambiente de desinformação disseminada.

 

O que vivemos hoje é um ambiente de uma sociedade falida, gerada por valores distorcidos, de pessoas que nunca tiveram coragem de simplesmente pensar diferente e assumir sua própria soberania pessoal.  Sempre foi necessário muita coragem para se pensar "fora da caixa", para ser verdadeiramente diferente.

 

Nunca houve problema algum com a masturbação propriamente dita, com o auto-Amor, com o prazer solitário.  E se isso fosse simplesmente aceito como algo normal, muitas dessas conseqüências teriam sido evitadas.

 

A Verdade é que a masturbação é nossa mais primordial forma de se relacionar sexualmente.  É a forma mais eficaz de auto-conhecer seu próprio corpo, mas "auto-conhecimento" também sempre foi algo que nunca foi promovido pela sociedade.

 

Claro que mesmo isso tem sido feito de forma errada, pois tem estado muito centrada em estímulos sexuais externos, e isso acaba se tornando um vício, mas não que a masturbação seja efetivamente algo que precise ser combatido, mas algo que precisa ser transformado, pois na verdade o que acarreta o vício é a carga erótica violenta promovida por filmes pornográficos.  Isso sim pode ser muito viciante!

 

A masturbação deve ser praticada como um ato meditativo, um ato de Amor com seu próprio corpo.  A Verdade é que o maior propósito dos nossos genitais, seja ele masculino ou feminino, é de fato promover orgasmos, e isso faz um bem enorme ao nosso corpo!  Mas é claro que haviam interesses por trás da repressão a essa prática sexual solitária, mas não pretendo entrar nesses detalhes aqui.

 

Ter orgasmos nos proporciona vitalidade, saúde, disposição, alegria, bem estar, e isso deve ser promovido primeiramente de forma solitária, através de uma masturbação meditativa que vai promover auto conhecimento de como isso funciona, poderá nos ensinar a ter conhecimento dos nossos limites, promover auto-controle, auto-confiança, intimidade com nosso próprio corpo, mantê-lo sempre saudável (pode sim por fim definitivo às doenças!  Daí já dá para ter uma idéia da quantidade de indústrias que iriam falir...), além de manter a imunidade sempre em níveis bem elevados, já que nosso nível vibratório energético se eleva e muito.

 

Mas isso tudo deve ser exercitado de forma meditativa!  Esqueçam as influências da pornografia que só serviu para nos manipular e distorcer ainda mais tudo.  Existem de fato produções pornográficas que podem nos ajudar nesse processo de auto-conhecimento, mas não vou entrar nessa questão por agora.

 

Seu corpo, suas regras.  Não permita que ninguém lhe diga que você não pode explorar seus orgasmos por conta própria.  Nem que você tenha que fazer isso escondido de todos, mas faça!

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