sábado, 4 de fevereiro de 2023

Introdução

 

Nudez e masturbação.

 

Nunca houveram duas palavras que metessem tanto medo, assustassem tantas pessoas quanto essas duas fazem.  Individualmente já constituem motivo de muita polêmica e apreensão.  Juntas então...

 

Por que?  Por que em pleno século XXI essas palavras, juntas ou separadas, causam tanta balburdia, tanta discussão?

 


Um dos motivos, ou talvez o principal deles, seria porque as duas estão intimamente ligadas a um outro assunto que tem sido tabu pelo menos nos últimos dois mil anos: Sexo.

 

Desde que inventaram de classificar o sexo como pecado, como algo sujo, proibido, ninguém nunca mais foi capaz de exercer sua sexualidade de forma harmônica e prazerosa.  E ai daquele que tentasse... Seria sumariamente execrado, criticado, condenado, excluído.

 

Mesmo depois da dita Revolução Sexual que se iniciou nos idos da década de 60, as coisas mudaram um pouco de figura, houve uma certa liberdade de exploração da sexualidade humana, mas certas conseqüências na forma de doenças venéreas fez com que essa liberdade fosse questionada.

 

Mas será que isso se aplica a nudez?  Qual o real problema do corpo nu?  Por que ainda temos tanta dificuldade de encarar com naturalidade a beleza natural do corpo humano, seja mulher ou homem?  Por mais que a nudez tenha sofrido tamanha sexualização, porque isso ainda nos incomoda tanto?

 

O movimento naturista tem tentado mudar essa história, mostrando que não há nada de errado com a nudez humana e que é perfeitamente possível haver convivência entre seres humanos de diferentes idades, diferentes gêneros e culturas, sem que haja conflito de interesses ou mesmo desrespeito entre os praticantes.  As crianças, inclusive, podem se beneficiar dessa atitude desenvolvendo uma visão mais saudável da nudez, tornando-se algo normal, permitindo-lhes inclusive ter plena aceitação de sua própria nudez, e dessa forma evitando problemas relacionados com constrangimento em encarar seu próprio corpo, desenvolvendo assim uma auto-estima solida e plena.

 

Mas e quanto à masturbação?  Por que ainda temos tanta dificuldade de encarar de forma positiva o sexo solitário, o auto-amor?  Qual realmente o problema de uma pessoa se relacionar sexualmente consigo mesma, uma vez que não há nesse caso o risco de contrair doenças venéreas ou mesmo de alguma gravidez acidental?  Por que essa necessidade de denegrir, ou mesmo distorcer uma atividade que nos faz tão bem?  Afinal de contas, expressar Amor por si mesmo, pelo seu próprio corpo, já é algo comprovado cientificamente de que nos garante saúde, bem estar e vitalidade.

 

Alguns poderiam alegar o problema da pornografia a qual a pessoa se torna exposta durante essa atividade, mas a verdade é que uma coisa não tem nada a ver com a outra.  Muito embora muitos façam uso de estímulos eróticos para se sentirem excitados e tornar a atividade sexual mais interessante, o fato é que a atividade da masturbação pode tranquilamente ser exercida sem se fazer uso de tais artifícios.  Basta que a pessoa esteja pronta e disposta a reinventar seus hábitos masturbatórios de formas que ela passe a usar seu corpo nu como fonte de inspiração para se relacionar sexualmente.  O Tantra, uma filosofia milenar existente no Oriente e que agora começa a ser difundido no Ocidente é o que nos ensina isso, retomando a nossa conexão natural com nosso próprio corpo, acolhendo esse corpo ao invés de rejeitá-lo.

 

A pornografia, no caso, só serve para dificultar as coisas, já que ela promove uma "desconexão" entre a nossa mente e o nosso corpo, uma vez que estaremos com nossa atenção focada no estímulo erótico usado, e não no nosso corpo.  Mas, curiosamente, essa mesma pornografia também pode nos ensinar a nos explorarmos sexualmente de forma mais gostosa, prazerosa e descontraída, dependendo evidentemente do tipo de pornografia utilizada.

 

Hoje se tem uma vasta coleção de imagens e vídeos que mostram pessoas, mulheres em sua maioria, se masturbando, o que pode ser utilizado para termos idéias diferentes de como explorarmos melhor o prazer que pode ser proporcionado pela nossa anatomia única e perfeita.

 

Então, porque ainda temos essa resistência em explorar nossa própria sexualidade?  Por que vivermos na dependência de um parceiro sexual para podermos ter prazer e êxtase em nossas vidas?

 

Esses são apenas alguns questionamentos importantes que esse site visa trazer para que cada um possa se redescobrir sexualmente, e desta forma criar formas mais favoráveis a uma vida sexual mais satisfatória e plena, seja sozinho ou com algum parceiro.

 

Mas nossa sexualidade deve se originar dentro de nós mesmos, e a masturbação é o principal e mais importante caminho a ser percorrido nessa busca de uma sexualidade mais plena.  A masturbação é a forma primordial e mais importante de relacionamento sexual que podemos empreender em nossas vidas, pois se trata de um relacionamento sexual consigo mesmo, mas que poderá nos ajudar a ter auto-conhecimento do próprio corpo, de como os mecanismos de prazer funcionam e de que forma podemos aprimorar nosso próprio contato com nós mesmos, com nosso corpo e nossa intimidade.

 

E é evidente que só podemos empreender essa redescoberta de nós mesmos tendo uma visão mais natural de nossa própria nudez, desenvolvendo uma intimidade maior com nossos próprios corpos, se conectando de forma plena com cada detalhe anatômico e cada mecanismo de prazer que nossa pele e nossos genitais podem proporcionar.

 

Essa é a principal proposta desse site.  Vamos promover uma jornada de auto-conhecimento do nosso corpo, assim como derrubar crenças e paradigmas que já não cabem mais serem perpetuados para as próximas gerações, para esse novo mundo que está nascendo.

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